LETRAS - ÁLBUM ACALANTO

            (capa do álbum Acalanto)
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A CONTINUAÇÃO
(Armando Lui)

Vim de lá de longe

De onde a fonte não vai secar
Somos filhos do céu
No tempo da terra, em busca de paz

Nem sempre é fácil o caminho

Diante da pedra, do espinho
Lembrar do sol, luz que não se cansa
Teu mundo, tua escolha
Na dança do balé da vida
Rezar o bem e não viver o mal

Temos a liberdade do pensamento

Aos olhos de Deus
Somos o templo, a casa
O riso, a lágrima a continuação

Nem sempre é fácil o caminho

Diante da pedra, do espinho
Lembrar do sol, luz que não se cansa
Teu mundo, tua escolha
Na dança do balé da vida
Rezar o bem e não viver o mal
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REDENÇÃO
(Armando Lui)

Estou partindo

O tempo é breve
Apressa, a hora não espera
A sombra fria da indecisão

Vou secar a minha ira

Libertar o pensamento
Deixando o amor regar o coração

Vou me aliar às flores

Pra adornar os dias
Convidar a paciência
Pra ser minha companhia

Canto e peço a alegria

Pra não ser a mira da tristeza
Manter ilesa a minha emoção

Vou cobrir meus passos de coragem

Fortalecer o sentimento
Fazer da fé a minha proteção

Vou me redimir com Deus

Findar o pecado
Acreditar na esperança
E transformar o meu olhar
Pra o futuro que virá

É tempo de amar a vida,ouvir a voz do coração

Eliminar a guerra usando a arma do perdão
É tempo de abraçar o mundo, multiplicar a oração
É tempo de gentileza, de manter a vela acesa da comunhão.
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CAVALEIRO NATO
(Armando Lui)

Cantar pra se feliz

Brincar de imaginar
E pra sempre um novo dia
Simplesmente amar e amar

Pra saudar as lindas flores

O sorriso vem do coração
E pra receber a noite, a linda lua, estendo a mão

Eu, cavaleiro nato

Lutador de guerra
Em busca de felicidade

O timbre do canto dos pássaros

É festa na floresta-mãe
Abelhas fazem mel que é o céu, é o mar, é o mundo, todos nós
Ser feliz e amar a vida, linda vida, é muito bom
Sendo leigo, sendo sábio
Eu vivo a vida e tenho amor

Eu, cavaleiro nato

Lutador de guerra
Em busca de felicidade 

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ANTAGONIA
(Armando Lui)

O que faço sem o amor?

Se só penso em chorar
O que faço sem o amor?
Se a solidão quer chegar

Frutos da imaginação

Me vejo nu em um jardim
Entre os lírios brancos
Arranjos de santos

Entre as violetas

Sobre as raras pretas
Não sou nenhuma delas
Estou na flor que é seca

O que faço sem o amor?

Se só penso em chorar
O que faço sem o amor?

Se a solidão quer chegar

Estou na geladeira
Entre o garfo e a faca
Descendo a ladeira
Em meio à nevasca

Sou carente e caminhei

Pela linha da ilusão
Encontrei o desgosto
Vi o lado oposto
De quem é feliz
De quem quer brincar 
Solto na varanda

Vento que balança a dor

Traz contigo o amor
Sol que nasce no horizonte
Traz contigo o amor
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A SÚPLICA
(Armando Lui)

Silêncio, alguém recite uma prece

Alguém estenda a mão
Pra aliviar um coração
Que sente a sede, o frio do deserto
O mundo incerto, a dúvida
Mas não quer a dor, nem a sina triste da ilusão

Vento vem, vento vai

Soprar as portas do céu
Avisa Maria Santa 
Clama ao filho de Deus
Tempo vai, tempo vem
Reconstituir a pele, a alma

Oh Deus, reduz a pena do meu sofrimento

Não deixa a solidão minar os meus sentidos
Acolhe, e muda a direção do meu pensamento
Permita a força da esperança habitar em mim
Vou ficar bem pra recomeça
O sonho de encontrar a felicidade
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ALENTO
(Armando Lui)

Sabe, você é minha paz, o meu sossego

A minha fortaleza, meu companheiro
Fonte de me elevar

Sabe, você é minha sorte, meu destino

A minha sintonia, o caminho
Força de continuar 

Sabe, você é o farol a linha reta

A conciliação a medida certa
O alimento e a razão 

Transcende a tudo que há no mundo

Reformador de almas, a absolvição.
Espelho da santidade

A excelência o compromisso

O despertar da vida, outra dimensão
Hálito de Deus

Imperador dos mansos

Guia, modelo da perfeição 
Rio de água que não termina
Marco do bem, a redenção
Álibi do tempo que se renova
Traço de luz que não vai findar
Âmago da fé plena consciência 
O alento, a cura, o amor
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ANAIAM

(Armando Lui)

O que será de mim, sem você aqui?

O que vou fazer?  
O que vou pensar?
O que será de mim, sem a tua voz? 
Soando suave

Dizendo sim
Aos meus beijos
Cantando pra mim 
Canções de ninar
Dizendo não a todos os medos
Tendo só um desejo, me amar

Que será de mim, sem o teu amor?
O que irei fazer com toda saudade

Que vem com o outono 
No fim do verão
E traz um vazio no peito

Anaiam, anaiam
Anaiam, anaiam 
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ETERNO
(Armando Lui)

Clareia a consciência 

Enxerga além dos olhos
Impulsa e movimenta
Sana a indecisão
Dissolve a ignorância
Ensina a caminhar
Aquece e alimenta
Finda a solidão

Deus, Pai de todo mundo

Deus, mão que nos afaga
Deus, certeza da vida
Deus, paz e esperança
Deus bálsamo da alma
Deus seio da bondade

E amará pra sempre

E cuidará pra sempre
E reinará pra sempre
Por toda a eternidade
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